Levantamento do Cepea mostrou que, na última semana, a participação do óleo de soja representou uma fatia de 50,3% na margem das esmagadoras. Dessa forma, a contribuição do óleo superou a parcela do farelo.
De acordo com o histórico mantido pelo centro de pesquisas da USP esse é um fato inédito para a cadeia da soja. Os cálculos consideram os preços da soja em grão em comparação aos do farelo e do óleo negociados na praça de São Paulo.
Pesquisadores explicam que esse cenário se deve aos recuos um pouco mais intensos nos valores do farelo e da soja em grão na última semana. Enquanto isso, o óleo de se desvalorizou de forma mais leve graças ao suporte dado pela demanda crescente para a produção de biocombustíveis.
O aumento na demanda acontece tanto no Brasil onde o mandato avançou de 14% para 15% em agosto; quanto nos EUA onde o mercado está impactado por decisões recentes da EPA de determinar que as grandes refinarias de petróleo compensem – ao menos parcialmente – isenções concedidas à unidades de menor porte.
O recente enfraquecimento nos preços domésticos do complexo soja, por sua vez, está atrelado à entrada da safra 2025/26 dos Estados Unidos e à isenção temporária dos impostos de exportação na Argentina. Essas medidas atraíram parte da demanda para outros fornecedores.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações do Cepea